Levar remédios no avião para o exterior é uma das principais dúvidas de quem vai viajar! Quais remédios podem ser levados? Devo levar medicamentos na mala de mão ou na mala despachada? Preciso de receita? Quais remédios posso levar? Para responder essas e outras dúvidas comuns sobre remédios em viagens, preparei um artigo completo.
Vem comigo saber mais sobre como montar uma farmacinha de remédios no avião e evitar problemas na sua viagem.
Levar remédios no avião para o exterior: quais são as regras?
Índice do Artigo
Posso levar remédios em viagens internacionais?
Sim, você pode levar remédios em viagens internacionais, mas a resposta para essa pergunta não é tão simples assim. Tem uns detalhes que precisamos levar em conta, já que tem muitos aspectos relacionados a isso e também diferenças nas regras de cada país.
Em geral, você pode levar remédios no avião que sejam de uso cotidiano, ou seja, aqueles que não precisam de prescrição médica, como remédios para dor de cabeça, náuseas, enjoo, antialérgicos e remédio para febre. Porém, o ideal é que eles estejam nas caixas originais, acompanhados da bula ou apenas a cartela do remédio.
As cartelas não podem estar abertas (você não pode tomar nenhum comprimido dela antes de chegar ao destino), pois tem que ser possível ler o nome da medicação, a composição, data de fabricação e tudo o que fica escrito na parte de trás da cartela, como neste exemplo abaixo:
Pode levar antibióticos e antiflamatórios na viagem?
Já os antibióticos e antiflamatórios devem ser levados na caixa original, acompanhados pela bula e pela prescrição médica no idioma local do país para onde você estiver indo. Então, na hora de solicitar para o médico, lembre-se de pedir uma receita no idioma que você precisar para levar esses remédios no avião, OK?
Como levar remédios de uso controlado na viagem?
Agora, se você faz uso de remédios de uso contínuo ou controlado, como os para diabetes, hipertensão, anticoncepcional, antidepressivo, etc., é preciso ter um pouquinho mais de cuidado. Em situações como essas, o ideal é agendar uma consulta com o seu médico. Dessa forma, ele pode fornecer uma prescrição em inglês que inclua todos os medicamentos que você está utilizando, juntamente com as doses diárias. Acredito que você vai precisar tomar alguns destes remédios no avião né?
Se estiver lidando com medicamentos mais “fortes” tarja preta, como os para dormir, peça ao seu médico que elabore uma carta em inglês explicando detalhadamente o seu quadro de saúde e justificando a necessidade desses medicamentos. Assim fica mais fácil levar esses remédios no avião.
Ah, e para evitar qualquer problema, sempre leve a nota fiscal da compra e coloque todas as caixas dos medicamentos dentro daquelas embalagens plásticas transparentes e que têm sistema de vedação, sabe?
Posso levar insulina na viagem?
Agora, se você faz uso de insulina ou qualquer outro medicamento injetável, leve as doses necessárias para o período em que ficará em viagem. Nesse caso, também é preciso levar uma receita médica que justifique a quantidade de medicamento que você estiver levando. As agulhas devem estar em embalagens lacradas e devem ser apresentadas aos fiscais de segurança no momento do embarque, já que objetos cortantes não podem ser levados em viagens internacionais na mala de mão, OK?
E cilindro de oxigênio no avião?
No caso de cilindro de oxigênio, você deve avisar a companhia aérea até 72 horas antes do voo para solicitar uma assistência especial. Nesse caso também é preciso apresentar laudos médicos que comprovem a necessidade de transportar esses cilindros de oxigênio dentro do avião. Por se tratar de um objeto pressurizado, há muitos cuidados a serem tomados.
E sobre medicamentos refrigerados no avião?
Se você precisar levar medicamentos que precisam ficar refrigerados, o indicado também é entrar em contato com a companhia aérea para avisar sobre as condições necessárias. Assim, eles vão providenciar informações para transportar os seus remédios em viagens sempre refrigerados.
Qual a quantidade permitida de remédios no avião?
Essa também é uma dúvida muito frequente que recebo sobre remédios no avião. Minha dica é sempre levar apenas a quantidade necessária para o período em que você vai estar em viagem. Agora, se for um medicamento imprescindível, que você não pode viver sem, sempre leve uma quantidade extra, para caso ocorra algum imprevisto e você precise ficar mais tempo do que o planejado no destino, como perda de voo, extravio de bagagem, etc.
Não é permitido levar remédios em viagens para amigos ou familiares!
Ah, e não esqueça que as regras para líquidos vale também para medicamentos: no máximo 1 litro dividido em embalagens de até 100 ml, caso você for transportar na bagagem de mão.
Quais remédios levar na bagagem de mão?
Na bagagem de mão, o indicado é levar aqueles remédios de uso cotidiano, como remédios para dor de cabeça e enjoo, além dos remédios em viagens de uso contínuo que você não pode ficar sem, incluindo insulinas e seringas.
Você também pode levar remédios em viagens na mala despachada, desde que não sejam substâncias proibidas no país de destino (obviamente, hehe). Mas atenção: nunca despache todos os remédios na mala de bagagem, porque ela pode acabar sendo extraviada e você ficará sem seus medicamentos durante a viagem.
Por esta razão, sempre viaje com seguro viagem! Além de te ajudar com emergências médicas, também te ajuda a resolver outros problemas como bagagem despachada extraviada, perda de documentos, cancelamento de voos e por aí vai. Confira no artigo Seguro Viagem Europa: como escolher o seu!
Regras para levar remédios para os EUA
As regras para levar remédios em viagens para os Estados Unidos são as mesmas apresentadas acima, porém, com uma diferença: a FDA (Food and Drug Administration) diz que a quantidade máxima de medicamentos permitida para entrar no país é o que for suficiente para 90 dias. Então, não leve mais remédios no avião do que o permitido, OK?
Lembrando que é necessário levar nota fiscal, caixa original, prescrição médica e tudo o que for necessário para comprovar que o remédio é para uso pessoal. Caso contrário, eles podem entender que você está levando essa quantidade de medicação para comercialização, o que pode te trazer problemas na hora de entrar no país.
Lembre-se que algumas substâncias permitidas no Brasil são proibidas nos Estados Unidos, como é o caso da dipirona sódica, analgésico e antitérmico. Não leve esses remédios no avião! Na dúvida, consulte o site da FDA – Food and Drug Administration.
Outra questão mega importante para sua viagem é não esquecer de contratar um seguro saúde. Uma consulta rápida nos Estados Unidos, por exemplo, pode bater os U$ 300, e com o seguro, você fica tranquilo se precisar de socorro no hospital. Lembre-se de que nos EUA não tem atendimento público de saúde, e a fatura do hospital costuma ser pesada pra caramba!
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Regras para levar remédios para a Europa
A dica para levar remédios no avião para a Europa sem vacilar com a saúde é a mesma apresentada acima: os remédios controlados ou mais específicos precisam ter uma prescrição médica. Agora, os mais tranquilos, tipo analgésicos comuns, podem ser levados tranquilamente, de preferência na embalagem original.
Se você viaja em família, verifique a necessidade de cada um que irá com você e dos documentos necessários. Muitas vezes seus pais e avós não sabem das regras, então alguém precisa tomar a responsabilidade dos remédios no avião pra que tudo ocorra bem.
Lembre-se de contratar um seguro viagem também, OK? No post Seguro Viagem Europa: como escolher o melhor pra você expliquei tudinho sobre isso.
Além disso, se você for viajar a partir de 2025, também é importante fazer o ETIAS. Criado pela União Europeia, o ETIAS – Sistema Eletrônico para a Autorização de Viagem não é um visto para a Europa, mas sim uma autorização de viagem criada para viajantes de 60 países diferentes fora da União Europeia. Saiba mais no post ETIAS: como fazer, quanto custa e dicas aqui no blog.
Regras para levar remédios para a Coreia do Sul
A Coreia do Sul costuma ter uma imigração bastante tranquila. Siga as orientações apresentadas acima que vai dar tudo certo. Porém, tenha em mente que, na Coreia, a língua falada é o coreano. Então, se possível, solicite que o seu médico traduza a receita tanto para o inglês quanto para o coreano, para evitar quaisquer problemas. Sim, vai precisar contratar alguém especializado.
Além do seguro viagem, que é importante para garantir sua segurança em qualquer país, para viajar para a Coreia do Sul e para outros países da Ásia a fins de turismo, visitas a parentes, estudos ou trabalho é importante ter o K-ETA (Autorização Eletrônica de Viagem). O viajante pode solicitar esse documento online até 72 horas antes do embarque.
Mas fique tranquilo que para fazer o K-ETA é supersimples. Você só vai precisar preencher um formulário online com algumas informações, como nome, endereço, data de nascimento e dados do passaporte. A taxa é de menos de R$ 50 e o resultado da solicitação fica pronto em no máximo algumas horas. Você pode solicitar pelo site oficial do K-ETA.
Ainda não tem passaporte? Veja aqui Passaporte brasileiro: passo a passo para fazer o passaporte no Brasil.
Regras para levar remédio para o Japão
Assim como para os outros países, as orientações para levar remédios para o Japão variam conforme o tipo e a quantidade. Para certos medicamentos, é necessário um documento conhecido como Yunyu Kakuninsho ou Certificado de Importação de Medicamentos.
Substâncias como heroína, cocaína, MDMA (ecstasy), ópio, cannabis (maconha) e drogas estimulantes, incluindo alguns medicamentos de venda livre e prescritos em outros países, são proibidos e sua importação é ilegal. Mas fique atento: visto que certos medicamentos comuns para alergia e sinusite, como Actifed, Sudafed e Vicks, têm substâncias estimulantes proibidas. Não é permitido entrar no país com esses remédios no avião sob nenhuma condição, OK?
Para medicamentos de venda livre, como ibuprofeno, paracetamol e vitaminas, em quantidades de até dois meses de uso, o Yunyu Kakuninsho não é necessário, mas se você for passar mais tempo no país, é preciso providenciar esse documento.
Para a importação de narcóticos, como codeína, morfina, oxicodona ou sufentanil, é obrigatória a apresentação de um Certificado de Narcóticos em inglês. Psicotrópicos, como Diazepam/Valium, não necessitam do Yunyu Kakuninsho para quantidades abaixo de 1,2 grama. A mesma regra se aplica para equipamentos médicos: se você levar a quantidade para uso de uma pessoa, não precisa do Yunyu Kakuninsho. Agora, se for levar uma quantidade maior, lembre-se de providenciar o documento.
Para solicitar o Yunyu Kakuninsho, acesse o Application for Import Confirmation.
Regras sobre remédios no avião: voo nacional
Agora que você já sabe como funcionam as regras para levar remédios em viagens de voos internacionais, vamos entender um pouquinho como funciona em voos domésticos no Brasil.
As regras de remédios no avião para voos dentro do Brasil costumam ser bem tranquilas:
- Medicamentos em pílulas e líquidos são liberados (respeitando a regra dos 100 ml por frasco);
- É indicado sempre levar nas embalagens originais;
- Para remédios controlados, sempre leve prescrições médicas.
Indico, também, sempre levar os remédios no avião na bagagem de mão para ter fácil acesso caso haja necessidade de fiscalização.
Assim como para viagens internacionais, as agulhas devem estar em embalagens lacradas e devem ser apresentadas aos fiscais de segurança no momento do embarque. Viu, não é tão complicado levar remédios no avião!
Espero que este artigo tenha respondido todas as suas dúvidas sobre levar remédios em viagens de avião! Agora, confira os artigos abaixo e informe-se sobre outros detalhes para evitar qualquer perrengue na sua viagem:
- Como NÃO arrumar mala de viagem: os piores truques
- O que NÃO fazer em uma viagem: erros comuns de iniciantes
- Viajar com bagagem de mão: tudo o que você precisa saber