O Vale Rio das Antas em Bento Gonçalves é um dos principais roteiros na região. A estrada RS-470 vai em direção à Veranópolis e apresenta uma natureza exuberante. Deve ser percorrida com calma, devido às suas curvas e muitos caminhões que passam por ali (se estiver na época da uva, te prepara). Os melhores horários para tirar fotos são logo de manhã e a tardezinha, quando o sol bate no vale de uma forma espetacular e os pirilampos cantam. Confira o que fazer no Vale do Rio das Antas!
O Vale do Rio das Antas em Bento Gonçalves
Este é um dos roteiros no interior de Bento Gonçalves e todo o caminho é rodeado por árvores e ganha um toque super especial no outono, já que algumas ficam amarelinhas!
Há diversas tendas (como os gaúchos chamas as lujinhas da estrada) vendendo produtos coloniais como queijos, salames, vinhos, geleias, lanches simples e caldo de cana.
A Tenda do Teco fica ao lado do Mirante da Ferradura, uma sacadinha com algumas mesas e um cenário espetacular. Oferece uma vista excelente do Vale da Ferradura e do rio das Antas!
No caminho, dê uma passadinha na famosa Casa Bucco, fabricante de cachaças artesanais phynas que competem de pau a pau com as mineiras. A Vinícola Salton também fica por essas bandas, um dos destaques do turismo enogastronômico da região!
Lá no final fica um dos destaques do Vale do rio das Antas: a ponte do Vale do Rio das Antas! As vezes tem uns malucos de bicicleta andando em cima da ponte na parte dos arcos ahahha
Nem acreditei quando vi pois é muito semelhante a de União da Vitória, minha cidade!
Faça a sua comparação:
Vai dizer, quase igual a de União. Foto: Epxx
Por que a ponte tem esse formato?
Não sou especialista nem nada, mas acho que devido à vazão e força das águas, tanto no Rio das Antas quanto o Rio Iguaçu, escolhiam o arco como estrutural.
Eis uma explicação mais científica da parada via Leme & Ribas
“O arco, com sua forma curva desenvolvida segundo a linha de pressões, devido ao peso próprio, é o tipo estrutural mais apropriado para os materiais de construção denominados “maciços” (pedras, concreto), desde que o terreno de fundação seja resistente e que o empuxo do arco possa ser absorvido por uma fundação economicamente viável. As pontes em arco, executadas com pedras naturais de boa qualidade possuem durabilidade praticamente ilimitada e, via de regra, não necessitam de juntas de dilatação. No caso do concreto, entretanto, é preciso levar em consideração as deformações devido à retração, à variação de temperatura e à fluência, o que tem influência na forma do arco e torna necessária a existência de juntas.”
Como vocês claramente podem ver, A Ponte Rio das Antas ficou com o design B e são “menos utilizadas uma vez que a interseção do arco com o tabuleiro representa problemas construtivos”. We got a winner!!!!
Ou seja, só POBREMA. Mas tudo bem que se dane essa vida, não existia limites na década de 40.
A Ponte Rio das Antas demorou em torno de 10 anos para ser construída, pois não decidiam o formato da ponte e imagino que deve ter sido um inferno para calcular essa mistura tirante e pilar na mesma estrutura. Mas depois de tentativa e erro, e algumas mortes, a ponte é cartão postal de Bento Gonçalves e Veranópolis.
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