O sábado amanheceu super lindo, prometendo sol, suor e câncer de pele em Auckland.
Comi uma banana rapidão e corri pro ponto de ônibus, pois se bobeasse perderia não somente o busão, como também o ferry boat (como diria o pessoal de Mallet no Paraná: féri bôte). Consegui desconto de estudante com o primeiro motorista, mas já não obtive sucesso com o segundo e tive que pagar o valor insatisfatório de 3.40 $NZD. (Em breve em post próximo à você: o sistema urbano piadista de Auckland! 😀 ) O tempo foi piorando conforme chegávamos perto de Devonport, o local de embarque. Vish, engrupição total do tempo.
Dois dos meus amigos já tinham comprado o ticket e acabei comprando também, porque né, sacanagem com eles, tadinhos.
Nosso destino: o vulcão Rangitoto. Uma ilha vulcânica situada no golfo de Auckland, inativo há 550 anos, com altura de 260 metros e forma característica, sendo reconhecido por qualquer um com olhos não míopes. Segundo a lenda, Rangitoto quer dizer Céu Sangrento em Maori (a língua dos nativos) e foi nesta ilha que um capitão importante perdeu uma batalha e morreu. Enfim, somente a título de curiosidade.
Silhueta identifícavel até por cães adestrados auxiliares de cegos. Foto: Chris Gregory
ahhh se eu soubesse que iria escalar o vulcão Rangitoto na chuva…
Chegamos na ilha e seguimos o fluxo de pessoas. Aos poucos, elas sumiam da vista, só a trilha pela frente e algumas plaquinhas indicando a direção para o topo do vulcão Rangitoto. O engraçado é que o destino, direção e tempo para atingir o destino estão escritos nelas, porém sempre acrescente 10 minutos a mais pra não ficar na expectativa e decepcionado com a própria lerdeza.
Demoramos mais de uma hora pra chegar no topo, ficamos lá por 5 minutos, tempo suficiente pra tirar uma foto juntos e apreciar a vista antes de chover.
Thor resolveu passar o sábado nas terras kiwis, curtir um hidromel com os maoris e o resultado: nos abrigamos num BUNKER!! Ja, Gott sei Dank! Um bunker da Segunda Guerra Mundial, cheio de goteiras e aberturas pra passar água, vento e frio. E chovia muito, gente, vocês não tem ideia!!!
Vista linda antes da chuva maligna.
Depois de meia hora (ou mais) resolvemos sair e descer até as cavernas de lava! wow! O nome prometia. Podíamos ter tropeçado e quebrado todos os dentes até chegar na maldita caverna, pois tudo estava muito liso, sem falar que não tinha nem como enxergar dentro, só havia trevas! As lanternas dos celulares vieram bem a calhar nesse momento, obrigado por fabrica-las Nokia!!
Desistimos dessa vida vulcânica, deixamos o vulcão Rangitoto para trás e voltamos ao ponto inicial em fantásticos 30 minutos!!!! Bem a tempo de pegar o ferry do meio dia. Mais uns três minutos de atraso e aí sim que minha alma ficaria encharcada.
Para a minha infelicidade, descobri que havia água dentro da minha mochila e meus gadgets ficaram molhados! Né, porque afinal, quem que não leva um ipad pra subir um vulcão hein? Coisa mais normal. Sorte que ele estava bem protegidinho e não aconteceu nada, funcionando lindamente. Minha câmera e lanterna/ celular também estavam são e salvos, só uma secadinha aqui outra ali. Já não foi o caso do meu ipod, minha relíquia de 2006, com um giga do mais puro metal alemão e finlandês .